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O menor mandamento da Torá!

 Durante um dos ensinamentos de Yeshua, uma expressão peculiar é mencionada, muitas vezes passando despercebida pelos leitores. O mestre destaca que para alcançar grandeza no Reino de Dʼus, é crucial não transgredir sequer o menor mandamento da Torá (Mateus 5:19). Mas, afinal, qual é o menor mandamento da Torá?

Esse menor mandamento proíbe maltratar as famílias de aves, conforme descrito em Deuteronômio 22:6-7. Façamos a leitura do texto:

Se de caminho encontrares algum ninho de ave, nalguma árvore ou no chão, com passarinhos, ou ovos, e a mãe sobre os filhotes ou sobre os ovos, não tomarás a mãe com os filhotes; deixarás ir, livremente, a mãe e os filhotes tomarás para ti, para que te vá bem, e prolongues os teus dias.” (Deuteronômio 22:6-7).

Nesse contexto, a ação de pegar os filhotes na presença da mãe é apresentada não como um simples ato de desobediência, mas como uma oportunidade de reflexão sobre a bondade inerente aos nossos corações. O propósito do mandamento não é simplesmente permitir que levemos os filhotes, mas sim evidenciar a perseverança e o amor incondicional da progenitora. Mesmo ao afastarmos a mãe para que se distancie de seus filhos, ela retorna incansavelmente, determinada a proteger sua prole.

Sua persistência é notável, pois, a menos que enfrente a morte, ela não se afastará do cuidado constante que oferece. Esse comportamento reflete não apenas a fidelidade inabalável da genitora, mas também destaca a profundidade do vínculo maternal que persiste apesar das adversidades.

Ao escolher pegar os filhotes na presença da mãe, estaríamos tomando uma decisão que vai além da mera transgressão de uma regra. Estaríamos, de certa forma, revelando a qualidade do nosso coração, mostrando se somos compassivos e sensíveis ao sofrimento alheio ou se agimos de maneira egoísta e insensível.

A intenção do ETERNO, ao criar essa situação, parece ser a de proporcionar uma oportunidade de autoavaliação. Optar por causar dor à mãe e aos filhotes indicaria uma falta de empatia e consideração, sugerindo um coração inclinado ao mal. Por outro lado, escolher preservar a família de aves demonstraria uma bondade genuína, uma atitude alinhada com os princípios do amor e respeito divinos.

A moral desse mandamento é clara; vejamos a seguinte analogia: Assim como a progenitora revela um amor inabalável ao proteger seus filhotes, mesmo diante da ameaça, o ETERNO manifesta um amor incondicional por seus filhos. A atitude perseverante da ave, que enfrenta repetidamente qualquer perigo para garantir a segurança de sua prole, espelha a constância do amor divino.

Na analogia, a natureza da progenitora representa a dedicação incansável que o ETERNO tem para com seus filhos. Assim como a mãe não desiste mesmo diante de desafios, o amor divino persiste independentemente das adversidades que possamos enfrentar. Ambos os amores compartilham a característica de serem inabaláveis e infalíveis, destacando a profundidade e a constância do vínculo entre o ETERNO e aqueles que vivem de acordo com Seu amor.

Sendo assim, ao compararmos a dedicação da mãe em proteger sua prole diante de ameaças humanas, podemos vislumbrar um paralelo com a forma como o ETERNO nos protege diante das ameaças das Trevas. Assim como a mãe enfrenta desafios para garantir a segurança de seus filhotes, o amor divino se manifesta como um escudo contra as adversidades espirituais, as influências sombrias que buscam nos desviar do caminho da luz.

Dessa maneira, a analogia entre a proteção maternal e a intervenção divina destaca a constância do cuidado que recebemos, proporcionando-nos segurança e orientação diante dos desafios espirituais que possamos enfrentar.


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