Por Cleiton Gomes
Vivemos uma era marcada por uma inversão inquietante de valores. O que antes era considerado profano hoje é celebrado como liberdade. O que antes era visto como virtude agora é ridicularizado como atraso. A humanidade se afasta cada vez mais da verdade revelada, tornando-se cega e de coração endurecido. Muitos já não creem mais nas palavras do Criador, mas sim em versões adulteradas dEle, forjadas à imagem de suas próprias paixões. Construíram para si um deus feito à semelhança do desejo humano, um deus permissivo, domesticado, complacente com o erro, um deus que não exige arrependimento, que não condena o pecado, e que se alegra com a abominação. Um deus moldável, manipulável, ajustável às vontades do indivíduo, onde, se a regra celestial incomodar, ela pode ser reinterpretada até se tornar palatável.
A verdade do Criador, porém, não é subjetiva nem mutável. Ela é eterna, firme como os céus. A Torá não se curva às vontades humanas. Ela não é moldada pelas tendências sociais nem pelos movimentos culturais. A Escritura chama de abominação o que muitos hoje defendem como direito e identidade. E entre essas práticas está o envolvimento sexual entre pessoas do mesmo sexo. O Criador não deixou dúvida quanto ao Seu juízo sobre isso. Ele não apenas condena o ato, mas mostra que sua persistência revela um distanciamento profundo da luz.
Em Levítico 18, está escrito que homem não deve se deitar com outro homem como se deita com mulher, pois isso é abominação. Esse termo não é usado de forma leviana. Ele descreve algo que provoca repulsa espiritual diante do ETERNO. Não se trata de nojo humano ou cultural, mas de uma violação sagrada da ordem estabelecida no princípio. O mesmo capítulo associa essas práticas à contaminação da terra, à quebra da aliança, à destruição de povos inteiros.
O apóstolo Paulo, no primeiro capítulo de sua carta aos romanos, vai ainda mais fundo. Ele descreve o processo espiritual que leva uma sociedade à decadência. Quando a verdade do Criador é rejeitada, Ele permite que o coração siga seus próprios desejos desgovernados. Homens deixam o uso natural da mulher, e mulheres deixam o uso natural do homem. Isso não é evolução da consciência. É degradação espiritual. Não é descoberta de identidade. É rendição a um espírito de engano. A mente que se rebela contra a verdade se torna reprovada, já não distingue mais o que é santo do que é impuro. Chama amor ao que é apenas lascívia. Chama liberdade ao que é escravidão da carne. Celebra-se o direito de fazer o que quiser com o próprio corpo, como se o corpo não fosse criação sagrada, como se não tivesse sido feito para refletir a imagem e a ordem do ETERNO.
O que vemos hoje é uma humanidade que já não busca o que é verdadeiro, mas o que é conveniente. Um mundo em que se pratica sexo bestial, múltiplo, desenfreado, onde a fidelidade é ridicularizada, e a pureza é motivo de vergonha. Muitos pensam que o Criador se alegra com casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Chegam a celebrar cerimônias em Seu nome, ignorando que Ele mesmo chama isso de abominação. Não é apenas erro. É transgressão do plano divino para a sexualidade. É a substituição da união sagrada por um pacto carnal e depravante. E aqueles que anunciam essa verdade são vistos como ofensores, intolerantes, opressores. A verdade foi silenciada, não por falta de voz, mas por ser considerada inconveniente demais para uma geração apaixonada por si mesma.
E no entanto, apesar de tudo isso, o ETERNO ainda estende Sua mão. Ele não tem prazer na destruição, mas no arrependimento. Ainda há tempo de se voltar para Ele. Ainda há possibilidade de libertação para aqueles que se rendem à Sua palavra. O pecado pode ser vencido. O engano pode ser desfeito. Mas isso exige humildade. Exige o reconhecimento de que os desejos da carne não podem governar a alma. De que não somos livres para redefinir o bem e o mal. De que há um Juiz acima de nós, e Ele é justo. Sua vontade não muda. Sua palavra permanece.
Aqueles que se entregam à prática homossexual, bissexual ou a qualquer forma de conduta sexual fora dos parâmetros da Torá, precisam saber que não estão simplesmente vivendo uma escolha pessoal. Estão participando de uma rebelião contra o plano do Criador. E toda rebelião tem consequência. Mas toda alma que se arrepende pode ser restaurada. A graça não é licença para pecar. É oportunidade para sair do pecado. A compaixão do Criador não cancela Sua justiça. Ela caminha ao lado dela, esperando que os que estão em trevas desejem voltar à luz.
Hoje, a verdade foi colocada de lado. Mas ela continua viva. E mesmo calada aos olhos do mundo, ela grita nos corações que ainda temem ao Santo de Israel. Que essa verdade não seja escondida. Que não seja reescrita. Que não seja ajustada. Que seja proclamada com amor, firmeza, humildade e temor. Porque o dia do acerto final virá. E só permanecerão de pé aqueles que não se envergonharam de andar na luz.
Seja Iluminado!!!
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